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TAN, TAEG e MTIC: o que são estes palavrões do crédito habitação?

Atualizado: 22 de jun. de 2022



A TAN (Taxa Anual Nominal), TAEG (Taxa Anual de Encargos Efetiva Global) e MTIC (Montante Total Imputado ao Consumidor) são talvez as siglas que mais ouvimos falar quando se trata de contratar um crédito.

Estes valores ser-te-ão apresentados na FINE (Ficha Informativa Normalizada Europeia) que te é entregue quando solicitado um empréstimo para crédito habitação. Este documento abrange toda a informação da proposta de crédito, incluindo os direitos e deveres entre a relação Instituição Financeira e o cliente.

Mas o que serão estes monstros do crédito e qual o seu impacto?

O que é a TAN?

A TAN corresponde à soma da Euribor e do Spread. É, portanto, o preço do dinheiro que te é emprestado – margem da Instituição Financeira que concede o crédito.

Esta taxa pode ser expressa num montante fixo ou variável, consoante se o cliente prefere o empréstimo com Taxa Fixa ou Variável.

O que é a TAEG?

A TAEG traduz-se nos encargos que vais ter, uma vez que representa a soma de todos os custos que terás com o crédito habitação. Inclui: juros, comissões e seguros exigidos.

TAN e TAEG: quais as diferenças?

A principal diferença entre a TAN e a TAEG é que, ao contrário da primeira, que apenas contempla a margem da Instituição Financeira (juros do empréstimo), a TAEG inclui todos os encargos para o cliente com o empréstimo.

Vale a pena ressalvar que a TAEG não inclui os custos de incumprimento, custos notariais e reembolsos antecipados.

MTIC no crédito habitação

Outra sigla que vale a pena ter em atenção é o MTIC. O MTIC resulta na soma do montante do empréstimo com os custos do crédito habitação: taxas de juros (como a TAN e TAEG), comissões (como por exemplo, comissões de abertura, de pagamento mensal, etc), impostos, seguros, e outros encargos. Reflete, portanto, o montante total que vais pagar à Instituição Financeira pelo crédito contratado.

Por certo, um empréstimo que apresente uma taxa de juro maior, terá obviamente um MTIC superior dado que este resulta da soma das taxas de juros com outras componentes. O mesmo para um empréstimo com um prazo maior, uma vez que acumulará mais juros e, portanto, o MTIC será também superior.

De salientar, que para empréstimos com taxa variável, este valor é apenas indicativo dado que estão sujeitos às variações da Euribor – que influencia o MTIC uma vez que faz parte do seu cálculo. Assim, este montante pode variar ao longo da vigência do contrato dado que é impactado pelas possíveis alterações de encargos, taxas e outros elementos conforme descrito acima.

Este valor é apresentado na FINE como o valor a pagar por cada euro que pedes de empréstimo.

Crédito habitação: indicadores a ter em conta

No caso de um crédito habitação, deves ter em consideração a TAEG e o MTIC, dado que são os principais indicadores para comparares as diversas propostas de crédito.

Comparando várias propostas – assumindo o mesmo montante de empréstimo, tipo de taxa (fixa ou variável) e prazo – a proposta com o MTIC inferior será a opção mais barata para o cliente.

O ideal será conciliar um MTIC e prestação mensal baixas. Desta forma, estarás a pagar menos pelo empréstimo contratado, mas também com uma folga mensal.

Claro que, de acordo com os especialistas do idealista/crédito habitação: "Nem sempre o mais barato é o mais indicado para o cliente, por exemplo um cliente com menos poupanças pode optar pela oferta que financia maior % face à avaliação do imóvel (há bancos que financiam 80% da avaliação ou 90% da compra, o menor de ambos, em comparação com outros que podem financiar 90% da compra ou avaliação)".

Isto é fácil de constatar na tabela exemplo abaixo: podemos observar que a MTIC inferior será a do Banco A. No entanto - considerando que o Banco A financia 80% da avaliação e os Bancos B e C financiam 90% - para os clientes que pretendam um financiamento superior a 80%, já só seria relevante as propostas dos Bancos B e C.

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